Estudante da Esalq participa de conferência nos EUA

Versão para impressãoEnviar por email
​​​​​​​Ricardo Reale apresentou trabalho no I Sustainability and Development Conference (acervo pessoal)
Editoria: 

O desenvolvimento sustentável, como conceito e apelo à ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir o bem-estar humano, é talvez o maior desafio que a humanidade enfrenta. A pesquisa acadêmica, o treinamento de estudantes e novas oportunidades para mudanças significativas continuam a aumentar.

A primeira conferência Sustainability and Development Conference (I Conferência de Sustentabilidade e Desenvolvimento), aconteceu durante os dias 9 e 11 de novembro, na Universidade de Michigan em Ann Arbor/MI – EUA. O evento reuniu um grupo diversificado para debater com as melhores abordagens de desenvolvimento sustentável.

Ricardo Reale, doutorando do Programa de Pós-Graduação de Recursos Florestais, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), participou da conferência. O estudante fez uma apresentação de pôster com o tema Hydroelectric companies recognized as having the best sustainable practices and their relations with ecosystem services (Empresas hidrelétricas reconhecidas como tendo as melhores práticas sustentáveis e suas relações com os serviços de ecossistema).

Sua apresentação é parte do projeto de seu doutorado, "Empresas sustentáveis e unidades de conservação", orientado pela Professora Teresa Cristina Magro Lindenkamp, do Laboratório de Áreas Naturais Protegidas (LANP), do Departamento de Ciências Florestais (LCF) da Esalq.

O estudo analisou se empresas totalmente dependentes dos recursos ecossistêmicos desenvolvem ações mínimas e suficientes para re-estocarem o que consomem de serviços ecossistêmicos para desenvolverem suas atividades. “Essas empresas são reconhecidas como possuidoras das melhores práticas sustentáveis do mercado de ações brasileiro”, apontou Reale.

Uma das conclusões é que as três empresas analisadas apenas cumprem os requisitos legais exigidos pela legislação ambiental. “Das 32 unidades avaliadas dessas três empresas, 30 unidades (filiais) não realizam projeto algum para re-estocar os serviços ecossistêmicos. Apenas duas filiais desenvolvem projetos voluntários que visam aumentar a qualidade e tamanho das áreas protegidas de interesse e proteção dos mananciais. Concluiu-se, então, que empresas reconhecidas como sustentáveis não desenvolvem ações ambientais que visem re-estocar os serviços ecossistêmicos” disse.

Sobre a ida ao EUA, Reale diz ter sido uma experiência gratificante. Apresentei os primeiros resultados de um estudo piloto do meu projeto de doutorado. A troca de conhecimentos e o networking com os demais participantes de mais de 50 países, foi fantástico”, contou Ricardo.

O comparecimento do estudante a conferência teve apoio da Fapesp.

 

Texto: Gabriela Martins Spolidoro | Estagiária de Jornalismo

Revisão: Caio Albuquerque

26/11/2018